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Ataques de Israel matam mais de 100 palestinos em Gaza; 46 são crianças

Um dos ataques atingiu uma tenda que abrigava pessoas deslocadas em Deir el-Balah, no centro de Gaza

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Os ataques de Israel à Faixa de Gaza entre esta terça e quarta-feira (28 e 29) deixaram mais de 100 palestinos, entre eles 46 crianças.

Os bombardeios duraram cerca de 12 horas, matando 104 palestinos e ferindo 253, de acordo com a emissora catari Al Jazeera, citando o Ministério da Saúde de Gaza.

Um dos ataques atingiu uma tenda que abrigava pessoas deslocadas em Deir el-Balah, no centro de Gaza. Partes do norte e do sul da região também foram atingidas.

As Forças de Defesa de Israel anunciaram pausa nos ataques na manhã desta quarta. O exécito atacou Gaza devido a uma suposta violação do acordo de cessar-fogo por parte do Hamas, que, segundo Israel, mentiu sobre a dificuldade de encontrar reféns. O premiê israelense, então ordenou que militares bombardeassem Gaza.

Além da suposta mentira sobre reféns, o Hamas entregou um caixão com o corpo de um outro refém, porém, segundo Israel, eram restos mortais de Ofir Tzarfati, que já havia sido recuperado há cerca de dois anos.

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Enquanto os ataques aconteciam, o Hamas anunciou que conseguiu recuperar os corpos de dois reféns: Amiram Koper e Saher Baruch. O grupo negou qualquer envolvimento com os bombardeios em Rafah.

“O bombardeio criminoso realizado pelo exército de ocupação fascista em áreas da Faixa de Gaza representa uma flagrante violação do acordo de cessar-fogo assinado em Sharm el-Sheikh sob os auspícios do presidente Trump”, afirmou o grupo, em comunicado.

“Este ataque terrorista é uma extensão de uma série de violações cometidas nos últimos dias, incluindo ataques que resultaram em mortos e feridos, e o contínuo fechamento da passagem de Rafah, o que confirma a insistência na violação dos termos do acordo e na tentativa de sabotá-lo”, acrescentou.

Um porta-voz do Hamas disse à Al Jazeera que enfrenta “dificuldades significativas” durante as operações para recuperar os corpos e continuam “pedindo permissão para trazer equipamentos pesados para concluir a recuperação dos corpos restantes”.

“Solicitamos a aprovação do inimigo para permitir que equipes de busca entrassem nas zonas vermelhas para localizar os corpos dos prisioneiros da ocupação, mas eles recusaram”, disse o porta-voz.

“Aguardamos a aprovação da ocupação para que equipes de campo entrem em Rafah para procurar os corpos de seus prisioneiros”, acrescentou.

O grupo disse, ainda, que “não tem interesse em ocultar o corpo de nenhum prisioneiro ou atrasar sua entrega”. “Fizemos todos os esforços possíveis para recuperar os corpos, e a ocupação é totalmente responsável por qualquer atraso na recuperação dos corpos restantes”, finalizou.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.