A agente de viagens Karina Okamoto, de 44 anos, teve que alterar os planos para a viagem dos sonhos em Montego Bay, na costa norte da Jamaica. Moradora de São Bernardo do Campo, Karina chegou à Jamaica na última quinta-feira (23), quando o furacão Melissa era apenas uma
Desde então, o que era uma tempestade evoluiu para um furacão de categoria 5, considerado o segundo mais forte da história do Atlântico e o pior do século a atingir a Jamaica.
Okamoto e o marido viajaram para comemorar 21 anos de casamento. De acordo com ela, a ida para a Jamaica era a viagem dos sonhos do casal.
À medida que o furacão se aproximava da Jamaica, Karina começou a ser orientada pelo resort onde está hospedada com as informações. Desde o início da manhã desta terça-feira (28), ela e outros hóspedes tiveram que ir ao teatro do hotel, onde ficariam seguros em caso de emergência.
“Todos os hóspedes estão bem orientados, com comunicados colocados nos quartos e em todos os locais. Nos disseram para ir ao teatro hoje de manhã com todos pertences mais importantes”, disse a agente. “O hotel diz que foi construído e preparado para esse tipo de situação”, explicou ela.
Em postagens publicadas no Instagram, a agente de viagens mostrou a preparação do resort para o furacão. De acordo com Karina, a tormenta se aproximou da ilha na tarde desta terça-feira (28). “Está muito vento, está ventando muito forte. A chuva tá tão forte que tá tudo branco, não dá pra ver. Mas aqui - dentro do resort - a gente não está sentindo nada”, disse.
Furacão Melissa: o pior do século
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"É uma situação catastrófica esperada na Jamaica”, disse Anne-Claire Fontan, especialista em ciclones tropicais da organização. “Para a Jamaica, será, com certeza, a tempestade do século”, acrescentou, em coletiva de imprensa.
Além dos ventos fortes, são esperadas marés de tempestade de até quatro metros, enquanto as chuvas devem ser o dobro da quantidade normal esperada em toda a temporada chuvosa, causando inundações repentinas e deslizamentos de terra.
Cerca de 1,5 milhão de pessoas podem ser diretamente afetadas pela tempestade, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).
Autoridades montaram mais de 800 abrigos para as pessoas que residem nas áreas que podem ser mais atingidas. “A principal prioridade era tirar as pessoas do perigo para reduzir o número de vítimas”, disse Necephor Mghendi, da FICV.
*Com CNN
(Sob supervisão de Edu Oliveira)