O delegado Felipe Curi, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, confirmou nesta quarta-feira (29) que 119 pessoas morreram durante a
De acordo com a Polícia Civil, até o fim de setembro deste ano, 449 integrantes do Comando Vermelho foram presos. Durante a operação dez adolescentes também foram apreendidos.
Em relação ao armamento usado pelos criminosos, o balanço da polícia confirmou a apreensão de 118 armas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver e 14 explosivos. O delegado ressaltou ainda que milhares de munições e centenas de carregadores ainda serão contabilizados.
Segundo Curi, a investigação resultou na expedição de 180 mandados de busca e apreensão e 70 mandados de prisão no Rio, além de 30 mandados de prisão para traficantes do Pará. O delegado destacou que a operação contra os chamados “narcoterroristas” foi amplamente planejada.
“Nosso foco era causar o menor efeito colateral possível, o menor dano e o menor transtorno para os moradores da comunidade. Por isso, fizemos o planejamento para que a operação ocorresse na área de mata”, explicou. Curi também comentou sobre a repercussão da operação:
“Podem chamar até a Nasa, mas ninguém vai conseguir fazer o que nós fazemos. Lamento muito e vou sentir muito. Nunca vou me esquecer deste dia em que tivemos quatro grandes heróis mortos. Mas não posso deixar de ressaltar que foi o maior baque que o Comando Vermelho já sofreu. Nunca houve uma ação que causasse uma perda tão grande, tanto em armas quanto em drogas e lideranças”, afirmou. O delegado reforçou que as únicas vítimas da operação são os policiais.
“Eles sofreram o golpe mais duro da história da facção. Quem optou pelo confronto foi neutralizado. A reação da polícia depende da reação do criminoso”, disse. O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, também comentou sobre a operação e afirmou que a letalidade era previsível, mas não desejável.
“A área de mata é onde eles se escondem e atacam os policiais. A ação foi feita ali para proteger os moradores e tentar minimizar os danos colaterais”, completou. Victor Santos
“Lamentavelmente, perdemos quatro heróis, quatro policiais que saíram de casa para proteger as pessoas inocentes que vivem nessas regiões”, concluiu.