A mulher identificada como Maria Eduarda, também conhecida como Penélope, não foi morta durante a megaoperação contra o Comando Vermelho nos Complexos da Penha e Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) no último dia 4. Em meio à megaoperação realizada no dia 28 de outubro, imagens e vídeos de uma pessoa caída no chão com o rosto desfigurado, baleada e vestida com trajes militares circularam nas redes sociais.
Inicialmente, as fotos foram atribuídas a uma mulher identificada pelos vulgos ‘Japinha do CV’ ou ‘Penélope’. Posteriormente, foi confirmado que a informação não procedia.
Em vídeo publicado na madrugada desta quarta-feira (12), Maria Eduarda negou ter o apelido de “Japinha do CV” que foi atribuído a ela. De acordo com a jovem, as imagens em que ela aparece armada com fuzil são da vida regressa, da qual ela afirma não fazer mais parte.
“Eu to vivia. Isso tudo que aconteceu foi o que a internet criou. A internet já vinculou fotos e imagens minhas de uma vida passada da qual eu não levo mais. Essa tal de Japinha que estão falando aí não sou eu, essa menina não existe”, afirmou.
Corpo atribuído a Penelope em megaoperação era de homem baiano
Em nota enviada à Itatiaia, a Polícia Civil disse que a imagem divulgada era de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, e negou ter informações sobre Japinha do CV.
Natural da Bahia, Ricardo tinha dois mandados de prisão ativos e aparece na lista divulgada pela corporação, onde não consta nenhum nome feminino entre os
Alguns detalhes nas imagens e vídeos divulgados já apontavam algumas diferenças com a Japinha do CV: a pessoa nas fotos usa aparelho, já Penélope não. É possível notar outras características como o pé e o maxilar, que não correspondem aos da jovem.
Praça na Penha amanheceu com dezenas de corpos
Na manhã desta quarta-feira (29), dezenas de corpos foram levados por moradores à Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio.
Deflagrada após mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a “Operação Contenção” contou com cerca de 2,5 mil agentes, além de drones, helicópteros, blindados e veículos utilizados para remoção de barricadas.
A ação contou ainda com a participação de promotores do Ministério Público Estadual. Assim que os policiais chegaram, houve intensa troca de tiros.
(Sob supervisão de Lucas Borges)