O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou em coletiva nesta quarta-feira (29) que as únicas vítimas da
operação mais letal do estado, ocorrida na terça-feira (28), são os quatro policiais mortos durante a ação. Segundo Castro, o crime organizado é o maior problema do Brasil. Ele classificou a operação como “o início de um grande trabalho, de longo prazo, em que todos trabalharam juntos por um Rio de Janeiro e um Brasil melhores”.
Vale lembrar que a Defensoria Pública do Rio atualizou, por volta das 10h30 desta quarta, que o
número de mortes na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) chegou a 130.
Sobre a contagem de corpos, o governador explicou que os dados oficiais são contabilizados a partir do momento em que as
vítimas entram no Instituto Médico Legal (IML).
“A gente ouve 30, 20, 150 corpos, mas não vamos trabalhar assim. Nosso dado oficial são 58, mas ele vai mudar com certeza. O trabalho da perícia ainda não terminou. Dos 58, quatro são policiais”, afirmou. Castro disse que há indícios de que todos os mortos são criminosos ligados ao Comando Vermelho, devido à área em que o conflito ocorreu.
“Tudo leva a crer que todos são criminosos, porque o conflito aconteceu em área de mata. Acreditamos que nenhum morador estaria a passeio em área de mata em dia de conflito”, completou.
O governador classificou a operação como “um sucesso” e afirmou “que não pretende transformar o episódio em uma batalha política”.
“Não é isso que o cidadão carioca quer. A população quer apoio no dia a dia”, ressaltou. Cláudio Castro também afirmou que o trabalho de perícia e fiscalização da ação está aberto aos órgãos de controle e destacou o esforço conjunto para garantir a prisão dos criminosos:
“Vamos facilitar a ida dos criminosos às cadeias. Conversei também com o prefeito da cidade, que informou que as ações em conjunto ajudaram a normalizar a vida da população.”O governador alertou que “todos os estados ou cidades que não sofrem hoje com problemas de segurança pública sofrerão em breve” e destacou que o Rio de Janeiro saiu na frente, mas reconheceu que a guerra contra o crime organizado não pode ser vencida sozinho.
“Espero que isso não vire campo de batalha entre políticos”, concluiu.