Estudos mostram que determinados padrões alimentares, como a
Em certas pesquisas, a atenção é direcionada a nutrientes específicos, em vez de analisar o padrão alimentar como um todo, para investigar a ligação direta entre esses nutrientes e doenças. Um exemplo disso é uma análise recente realizada na China e divulgada na revista Scientific Reports, que examinou a associação entre a ingestão de
Metodologia do estudo
Para realizar a pesquisa, os cientistas usaram dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), um amplo estudo norte-americano. A amostra final contou com 2.642 participantes, com idade média de 63 anos, sendo 54% mulheres.
Os voluntários relataram o que consumiram em vários recordatórios alimentares de 24 horas, incluindo alimentos e
Os participantes foram classificados em quatro grupos, conforme a quantidade de zinco ingerida diariamente: menos de 6,08 mg (Q1); entre 6,08 e 8,83 mg (Q2); entre 8,84 e 13,02 mg (Q3); e acima de 13,02 mg (Q4).
A ocorrência de AVC foi avaliada com base em relatos dos participantes sobre diagnóstico médico prévio de derrame.
Para garantir a validade dos resultados, os pesquisadores ajustaram as análises levando em conta variáveis como idade, gênero, etnia, índice de massa corporal, histórico de tabagismo, consumo calórico e condições de saúde prévias.
Principais resultados
Os resultados indicaram que indivíduos que consumiam entre 6 e 9 mg de zinco por dia tinham um risco menor de sofrer AVC em comparação com aqueles que ingeriam menos de 6 mg. O grupo Q2 apresentou uma redução de 36% na chance de derrame em relação ao grupo Q1.
Contudo, o aumento do consumo para mais de 9 mg diários (grupos Q3 e Q4) não resultou em proteção adicional, sugerindo que o consumo moderado de zinco é o mais benéfico.
É importante destacar que o estudo possui limitações, como o uso de dados autorrelatados, o que pode gerar vieses, e uma amostra relativamente pequena. Além disso, por ser observacional, o estudo não pode confirmar causa e efeito, apenas associação.
Aplicações práticas
Atualmente, recomenda-se uma ingestão diária mínima de zinco de 8 mg para mulheres e 11 mg para homens. Surpreendentemente, os benefícios observados no estudo ocorreram mesmo em quem consumia quantidades um pouco inferiores a essas recomendações. Já o consumo acima do limite seguro de 40 mg diários pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça, náusea e vômito.
Além de contribuir para a redução do risco de AVC, o zinco está associado a um
Esse mineral é fundamental para funções como
O zinco é encontrado em carnes, aves, frutos do mar, laticínios, nozes e sementes. Dietas como a mediterrânea, DASH e MIND, que priorizam esses alimentos e limitam sódio, açúcares e carnes processadas, ajudam a controlar fatores de risco para diversas doenças, incluindo o AVC.
Como a
Considerações finais
Este estudo sugere que consumir a quantidade mínima recomendada de zinco está ligado à redução do risco de derrame, enquanto doses maiores não oferecem benefícios adicionais nesse aspecto.
Para manter uma ingestão adequada de zinco, inclua diariamente fontes como carnes, frutos do mar, laticínios, nozes e sementes na alimentação. Caso tenha dúvidas sobre seu consumo, procure a orientação de um nutricionista ou profissional de saúde, que pode avaliar a necessidade de suplementação e garantir uma dieta equilibrada e segura.