A maioria das pessoas que tenta
Em entrevista ao podcast ZOE, o especialista explicou que o chamado “ponto de ajuste” é controlado pelo cérebro, especialmente pelo hipotálamo. Esse sistema age como um “termostato” que tenta manter o corpo dentro de uma faixa de peso, acionando a fome, reduzindo o metabolismo e aumentando o cansaço quando há perda de gordura.
Jenkinson destacou que fatores genéticos podem representar até 70% da propensão à obesidade, mas o ambiente moderno, repleto de alimentos ultraprocessados e estresse constante, ativa essa predisposição. Estudos com gêmeos e pesquisas sobre desnutrição na gestação mostram que a genética e o ambiente se combinam de forma poderosa.
Outro ponto essencial é o chamado metabolismo basal, responsável por cerca de 70% do gasto energético diário. Quando alguém reduz muito a ingestão calórica, o corpo reage diminuindo o metabolismo, o que torna a perda de peso insustentável. “O metabolismo funciona como um regulador que impede a queima de energia”, afirmou.
Para quebrar esse ciclo, o médico recomenda mudanças sustentáveis: eliminar o açúcar por um mês, evitar lanches fora de hora, comer apenas três vezes ao dia e priorizar alimentos naturais, como carnes, peixes, verduras e laticínios. Ele também sugere comer com atenção plena, dormir bem e manter os carboidratos abaixo de 100 gramas por dia.
Jenkinson concluiu que, enquanto a sociedade insistir em dietas baseadas apenas em força de vontade e corte de calorias, o fracasso será comum. A solução, segundo ele, está em “educação alimentar e políticas que limitem ultraprocessados”, permitindo que o corpo volte a encontrar seu equilíbrio natural.