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Energéticos podem afetar o coração, o metabolismo e até a saúde mental; entenda

Ingestão dessas bebidas cresce entre jovens e atletas, mas médicos destacam os perigos da cafeína e do açúcar em excesso

O consumo de bebidas energéticas aumentou de forma expressiva nos últimos anos, especialmente entre adolescentes. A promessa de mais energia, foco e desempenho físico faz com que muitas pessoas as incluam na rotina de estudos, treinos ou trabalho.

Mas especialistas da Mayo Clinic, dos Estados Unidos, alertam que o hábito pode representar sérios riscos à saúde. O alto teor de cafeína, açúcar e outros estimulantes pode afetar o coração, o metabolismo e até a saúde mental.

De acordo com a cardiologista Anna Svatikova, em entrevista ao Infobae, essas bebidas se popularizaram porque “parecem melhorar o desempenho físico e mental”, mas seus efeitos são temporários e podem causar problemas cardiovasculares, como pressão alta, palpitações e arritmias. Também há relatos de ansiedade, insônia e agitação após o consumo.

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Cada lata pode conter de 75 a 260 mg de cafeína (quantidade que pode igualar ou superar a de uma xícara de café), além de até 70 g de açúcar, e substâncias como taurina e guaraná. Segundo a Mayo Clinic, essa combinação pode potencializar os efeitos estimulantes e viciar o organismo, especialmente entre crianças e adolescentes, que não têm um nível seguro de consumo.

A mistura com álcool ou drogas torna o cenário ainda mais perigoso. A instituição estima que cerca de 42% dos atendimentos de emergência ligados a bebidas energéticas envolvem essa combinação.

Os especialistas recomendam ler os rótulos, evitar o consumo frequente e procurar alternativas mais naturais, como café, chá, cacau ou erva-mate, que oferecem energia com benefícios adicionais.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.