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Mas, apesar da promessa de energia e desempenho, o consumo diário dessas bebidas pode não ser tão inofensivo.
O que são bebidas energéticas?
As bebidas energéticas são formuladas para fornecer um ‘impulso de energia’ ao consumidor, combinando estimulantes e compostos energéticos. De acordo com a National Library of Medicine, os principais ingredientes incluem cafeína, vitaminas do complexo B, ginseng, taurina, metilxantinas, erva-mate, açaí, maltodextrina, creatina e outros.
Benefícios dos energéticos
Embora envoltas em polêmica, essas bebidas apresentam efeitos positivos em curto prazo. Elas ajudam a melhorar a memória, aumentar o estado de alerta e elevar o humor. Um estudo revelou que um energético popular melhorou significativamente a resistência aeróbica e o desempenho anaeróbico em bicicletas ergométricas. Além disso, houve aumento na performance mental, como tempo de reação, concentração e memória.
Pesquisas também mostraram benefícios em atletas. Um estudo demonstrou que a ingestão de 3mg/kg de cafeína através de energéticos melhorou o desempenho físico de jogadoras de vôlei. Outro apontou que motoristas cansados apresentaram melhor tempo de reação e controle ao volante após consumir a bebida.
Mas os efeitos colaterais existem, e não devem ser ignorados.
É saudável consumir energéticos diariamente?
Conforme aponta a National Library of Medicine, o consumo regular de energéticos pode desencadear uma série de efeitos colaterais cardiovasculares, neurológicos, psicológicos e metabólicos.
- Efeitos cardiovasculares: Diversos estudos indicam que energéticos elevam a frequência cardíaca e a pressão arterial. Há registros de dilatação arterial, formação de aneurismas e até rompimentos de grandes artérias.
- Efeitos neurológicos e psicológicos: A ingestão de 200mg ou mais de cafeína pode causar intoxicação, com sintomas como ansiedade, insônia, espasmos musculares, inquietação e episódios de exaustão extrema. Dores de cabeça crônicas e até alucinações são comuns entre os que consomem mais de 300mg por dia.
- Efeitos metabólicos e gastrointestinais: Essas bebidas contêm elevadas quantidades de açúcar - entre 21g e 34g por porção - em formas como sacarose, glicose ou xarope de milho. O consumo diário aumenta o risco de obesidade e diabetes tipo 2. A cafeína, por sua vez, reduz a sensibilidade à insulina, elevando os níveis de glicose no sangue.
- Efeitos dentários: Um estudo sueco apontou que os energéticos aumentam em 2,4 vezes o risco de erosão dentária devido ao pH ácido e ao alto teor de açúcar.
Em resumo, tomar uma bebida energética de vez em quando, pelo sabor ou para um impulso pontual, não deve causar grandes problemas. No entanto, transformar isso em um hábito diário pode trazer sérias consequências à saúde.