O deputado federal Zucco (PL-RS) realizou nesta terça-feira (16) a passagem formal do comando da Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados para o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB). A transição ocorreu durante um café da manhã com vice-líderes e parlamentares da bancada, na sede da Liderança da Oposição, em Brasília.
Ao encerrar o período à frente do colegiado, Zucco apresentou um balanço das ações desenvolvidas ao longo do ano e classificou a atuação da Oposição como firme diante do que chamou de um cenário de desorganização institucional e econômica do governo federal. Segundo ele, a bancada atuou de forma intensa na fiscalização do Executivo, no enfrentamento ao aumento de impostos e na denúncia de escândalos que impactaram diretamente o erário e a população.
Durante sua liderança, a Oposição protocolou pedidos de fiscalização e controle, apresentou representações ao Tribunal de Contas da União e atuou em investigações sensíveis, como as relacionadas à COP-30 e ao rombo bilionário nos Correios. A CPMI dos Correios, segundo Zucco, revelou prejuízos significativos a aposentados, pensionistas e pessoas em situação de vulnerabilidade, reforçando o papel fiscalizador do grupo. Outro eixo central da atuação foi o combate ao aumento da carga tributária. Levantamento apresentado pela Liderança aponta que quase 30 tributos foram criados ou majorados desde o início do atual governo. A bancada teve papel de destaque na mobilização contra o aumento do IOF e em outras propostas de elevação de impostos, mesmo com parte dessas medidas sendo posteriormente mantidas com aval do Supremo Tribunal Federal.
Na área da segurança pública, a Oposição também teve protagonismo. Sob a liderança de Zucco, a Câmara aprovou o projeto que endurece penas e amplia os instrumentos legais de combate às facções criminosas. A pauta ganhou relevância diante do avanço do crime organizado e da repercussão nacional de episódios de violência extrema.
Ao longo do ano, a Liderança da Oposição manteve atuação constante em Plenário, tanto na defesa de projetos considerados estruturantes quanto na obstrução de propostas vistas como prejudiciais ao país. A bancada também se posicionou contra o que avalia como excessos do Judiciário sobre prerrogativas do Legislativo e direitos individuais, incluindo a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificada pelos parlamentares como injusta. Com a transição, Zucco afirmou que a Oposição entra em uma nova fase, especialmente com a aproximação do ciclo eleitoral de 2026. No último ano de seu mandato parlamentar, ele seguirá atuando no Congresso Nacional, mas passará a se dedicar de forma mais direta à sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul, projeto que conta com a indicação e o apoio de Jair Bolsonaro.
