O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse ser a favor de abertura de equipamentos públicos para visitação e usos diversos, porém, chamou de “equívoco” a recente
Em coletiva de imprensa durante encontro com embaixadores, Zema disse que vai estudar algum uso para o Palácio, que há muitos anos, não é mais residência oficial do governo. Ele não descartou o uso do local para eventos, tendo em vista que o decreto que permitia isso foi revogado ontem.
“Eu sou um defensor de que equipamento público, como o próprio nome indica, seja aberto ao público e não frequentado pelos amigos do rei, como geralmente e infelizmente ocorre em muitas situações”, afirmou Zema.
Nesta semana,
“Nós tivemos um equívoco no decreto que foi publicado, ele será corrigido, mas temos hoje o Palácio das Mangabeiras, utilizado como um equipamento que o público tem acesso, em vez de ser apenas a residência do governador. Nós vamos encontrar com toda certeza uma solução aqui para o Palácio da Liberdade. Para que possamos aqui ter uma abertura maior com a realização de alguns eventos. E lembrando que o que precisa é desse palácio estar bem preservado, e até ele foi reformado recentemente. Quero aqui agradecer o Ministério Público que patrocinou essa reforma. Então, o que nós queremos é um patrimônio público bem preservado e onde as pessoas possam apreciar aquilo que foi construído pelas gerações anteriores. Nós vamos avaliar, queremos fazer aquilo que seja melhor”, disse Zema.
Espaços e preços
A portaria publicada em 19 de setembro, que regulamentava o uso do Palácio da Liberdade, incluía os Jardins, a Tenda, a Escadaria Principal e salões internos como a Sala Vermelha e a Rosada. A capacidade varia de 120 pessoas nos salões a até 1.000 nos Jardins.
A solicitação deve ser feita por ofício à Gerência Geral do Palácio, com antecedência mínima de dez dias. Os valores variavam conforme a finalidade: uma sessão de fotos de casamento custa R$ 2.500; produções comerciais, R$ 7.500; e eventos corporativos podem chegar a R$ 75 mil, no caso da locação conjunta da Tenda e dos Jardins por 16 horas.
Ontem, a portaria foi revogada em Diário Oficial, e segundo a a secretária de Estado de Cultura e Turismo, Barbara Botega, em entrevista à Itatiaia, a revogação ocorreu por causa de uma correção no texto anterior.
“Eu pedi para que fosse revogado o ato, mas não por discordar dele, e sim por uma pequena incorreção que havia no texto e na precificação. Como eu recém assumi a secretaria, não tinha conhecimento dessa situação, mas já estamos na construção de um novo texto. Acredito que em poucos dias isso será republicado”, explicou.
A secretária ressaltou que o Palácio é um espaço de todos e já havia grande demanda por eventos no local.