Ouvindo...

Tarifaço: Lula assina MP com R$ 30 bi em crédito para empresas afetadas

Texto estabelece também o aumento das compras governamentais e exigência de conteúdo nacional em mercadorias produzidas no Brasil

Medida Provisória assinada pelo presidente Lula prevê o aumento das compras governamentais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (13) a Medida Provisória que estabelece o plano de contingência para apoiar setores da economia afetados pela sobretaxa de 50% imposta aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos no último dia 6.

Batizado de Plano Brasil Soberano, o texto prevê R$ 30 bilhões em crédito para empresas, por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aumento das compras governamentais de produtos que perderam mercado externo, como frutas, carnes e pescados.

Além disso, a MP também estabelece:

  • exigência de conteúdo nacional em mercadorias produzidas no país;
  • mudança nas regras do seguro de crédito à exportação
  • prorrogação do prazos de suspensão de alguns impostos.
Leia também

A cerimônia de assinatura foi realizada no Palácio do Planalto e contou com as presenças do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), responsável por conduzir as negociações com o governo americano; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do chanceler, Mauro Vieira; da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Foi a primeira agenda pública dos chefes do Legislativo com Lula após a crise causada pela derrubada do decreto presidencial que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ontem (12), os três já haviam se reunido reservadamente.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.