A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (29) que os ministros da Corte têm consciência das “atribulações” vividas recentemente no país e que isso exige uma vigilância ininterrupta na defesa dos valores democráticos.
Sem citar episódios ou nomes, Cármen se referiu a ataques recentes à democracia brasileira, defendendo a necessidade de atuação firme do STF e da sociedade.
“Os juízes desta Casa têm ciência das específicas tribulações do nosso tempo, que impõem ininterrupta vigilância dos valores e princípios da Democracia, tão duramente conquistada no Brasil e, recentemente, novamente agredida, desconsiderada, ultrajada por antidemocratas”, afirmou a ministra.
As declarações aconteceram durante o seu discurso na posse do novo presidente do STF, Edson Fachin.
Cármen também ressaltou que a preservação da democracia não é responsabilidade apenas do Supremo, mas um compromisso coletivo.
“A Democracia não é incumbência única deste Supremo Tribunal Federal, senão de toda a cidadania. Não há Democracia sem democratas nem República sem repúblicos. O compromisso por estas escolhas é de todos e de cada um de nós”, completou.
Posse de Fachin e Moraes
A cerimônia de posse marcou a ascensão de Edson Fachin à presidência do STF e de Alexandre de Moraes à vice-presidência para o biênio 2025-2027.
O evento seguiu o rito tradicional, com discursos, leitura e assinatura dos termos de posse e troca de assentos na mesa principal do plenário.
Entre as autoridades presentes estavam o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).