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Saiba quais são as áreas que vão receber mais recursos da Prefeitura de BH em 2026

Saúde, educação e mobilidade urbana serão os focos da prefeitura; o déficit previsto pelo Executivo é de mais de R$ 786 milhões o orçamento de 2026

Câmara Municipal de Belo Horizonte

As principais despesas da Prefeitura de Belo Horizonte em 2026 serão nas áreas de saúde, com cerca de R$ 7 bilhões de investimentos, educação, com cerca de R$ 4 bilhões e mobilidade urbana, com quase R$ 2 bilhões.

Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (13) na Câmara Municipal durante audiência pública na Comissão de Orçamento e Finanças Públicas. A reunião marca o primeiro debate de uma série de sessões que irão discutir a Lei do Orçamento Anual (LOA).

O Executivo também apresentou as metas para os próximos quatro anos do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) — responsável por definir um escopo das atuações da prefeitura entre 2026 e 2029, determinando programas e ações com objetivos físicos e orçamentários.

Na saúde, a PBH espera reduzir a taxa de mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelas principais doenças crônicas não transmissíveis — como câncer e diabetes. O objetivo é que a taxa vá de 200,7 por 100 mil habitantes em 2026, para 194,8 por 100 mil habitantes em 2029.

A intenção da prefeitura também é reduzir a taxa de mortalidade infantil na capital para 8,8 por mil habitantes até 2029.

Além disso, as principais metas físicas da área de saúde (2026-2029) envolvem:

  • Mais de 7 milhões de atendimentos por ano nos Centros de Saúde;
  • Mais de 790 mil atendimentos por ano nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs);
  • Comportar mais de 282 mil internações por ano na rede hospitalar municipal;
  • Ampliar rede de atendimento com foco em saúde mental para mais de 443 mil por ano;
  • Estender vistorias da vigilância epidemiológica (prevenção e controle de zoonoses e arboviroses) em até 4 milhões por ano.

Já no segundo maior gasto, a educação, o município espera aumentar o percentual de estudantes de até 7 anos com domínio de leitura nos padrões recompensados para até 73% em 2026 e até 86,26% em 2029 — nesse caso, quanto maior a porcentagem, melhor.

Outra métrica apresentada foi a de aumentar o aprendizado adequado para estudantes de baixa renda nos anos iniciais do ensino fundamental para até 42,95% no próximo ano e em 49,71% até 2029.

As metas físicas da educação, segundo maior gasto, até 2029, englobam também:

  • Alcançar mais de 56 mil alunos matriculados por ano na rede municipal de educação infantil;
  • Atender mais de 31 mil alunos por ano nas creches conveniadas e parceiras;
  • Alcançar a média de 107 mil alunos matriculados por ano no ensino fundamental;
  • Atingir mais de 7 mil alunos matriculados por ano no sistema de educação de jovens e adultos (EJA);
  • Abranger atendimento educacional especializado para 14 mil estudantes por ano;
  • Ampliar educação em tempo integral na educação infantil para a média de 18 mil alunos matriculados por ano.

Déficit

A Prefeitura de Belo Horizonte prevê um déficit de mais de R$ 786 milhões no orçamento de 2026. O valor já havia sido antecipado pelo anteprojeto encaminhado pelo prefeito da capital mineira, Álvaro Damião (União Brasil), para o Legislativo.

Segundo dados apresentados pela secretária municipal adjunta e subsecretária de Planejamento e Orçamento, Mariana Gomes, a estimativa de receita para o próximo ano é de R$ 24.137.660.518,00, enquanto os gastos ficariam em R$ 24.924.350.676,00.

Retomada das discussões

A discussão sobre o projeto de lei do orçamento de BH para 2026 será retomada na terça-feira (14), quando haverá outro encontro para tratar do cálculo previsto para as áreas de sustentabilidade ambiental, habitação e urbanização, mobilidade urbana e segurança.

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Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.