PL Antifacção: Haddad diz que texto aprovado pela Câmara ‘asfixia’ PF

Segundo o ministro da Fazenda, da forma que está, a proposta enfraquece as operações contra o crime organizado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta quarta-feira (19) o texto do projeto de lei (PL) Antifacção que foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (18). Segundo ele, da forma como está, a proposta “enfraquece” as operações da Polícia Federal (PF) e o combate ao crime organizado.

“O projeto enfraquece essas operações. Não apenas asfixia financeiramente a Polícia Federal para os próximos anos, como cria uma série de expedientes frágeis que vão ser utilizados pelos advogados do andar de cima do crime organizado para obter vantagens no Judiciário, que vai ter que respeitar a nova lei se ela for aprovada”, declarou o chefe da equipe econômica a jornalistas.

Integrantes do governo criticam o substitutivo (texto alternativo) apresentado pelo relator da matéria na Câmara, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que alterou trechos que a gestão petista considera cruciais, como a alocação de recursos oriundos das operações contra as facções nos fundos de segurança pública e a tipificação dos crimes relacionados a esses grupos.

“Então, por melhor que tenha sido a intenção, ela vai na direção absolutamente contraria do que se pretende. Ela facilita a vida dos líderes do crime organizado e asfixia financeiramente a Polícia Federal e fragiliza as operações de fronteira da aduana, que é da Receita Federal. Então nós estamos realmente na contramão do que nós precisamos”, pontuou Haddad.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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