A Polícia Federal (PF) disse, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, para garantir a efetividade do monitoramento da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seria necessária a permanência de agentes dentro da residência do militar.
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes determinou que tenha
Além do policiamento, Rodrigues também pediu a manutenção e a checagem constante da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro.
A PF argumenta que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro envia informações online. No entanto, a internet poderia cair. Caso isso acontecesse, haveria tempo para uma fuga.
“Nesses casos, as violações somente seriam informadas por relatório aos operadores do sistema após o retorno do sinal, o permitiria tempo hábil para que o custodiado empreendesse uma fuga. Nesse sentido, o monitoramento eletrônico, mesmo com equipes de prontidão em tempo integral, não constitui medida impeditiva à fuga do custodiado, caso este tenha tal intenção”, escreveu a PF.
“Risco de fuga”
Moraes justificou a medida citando risco de fuga do ex-presidente. Ele lembrou que a Polícia Federal (PF) encontrou em seu celular um documento de
Eduardo e EUA
O magistrado também mencionou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e, segundo Moraes,
Em ofício, a PF alertou ainda para a possibilidade de Bolsonaro tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, de onde poderia formalizar um pedido de asilo.
Por ser considerada extensão do território norte-americano, a embaixada não está sujeita a decisões da Justiça brasileira sem anuência do governo dos EUA.
Prisão domiciliar
Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022. O julgamento dele terá início na terça-feira (2). Moraes, relator dos casos, determinou a prisão domiciliar dentro do inquérito que investiga Jair e Eduardo por estarem supostamente coagindo autoridades responsáveis pelo processo de golpe.