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‘Pacificação’, diz Ricardo Nunes sobre voto de Fux em julgamento de Bolsonaro

Prefeito da capital paulista fez afagos ao ministro do Supremo Tribunal Federal durante agenda nesta quinta-feira (11)

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB)

Durante agenda na capital paulista nesta quinta-feira (11), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aliado de Jair Bolsonaro, defendeu o ministro do Supremo Tribunal, Luiz Fux, que levou cerca de 13 horas no voto durante o julgamento, nessa quarta (10), do ex-presidente e de outros réus sobre a tentativa de golpe de estado.

“É um voto que me parece que tem bastante respaldo do ponto de vista jurídico. O Fux é um juiz de carreira, ele é um juiz concursado, ele integra o magistrado de carreira, então ele faz as suas colocações muito baseadas no seu histórico de vida, naquilo que ele acredita como magistrado e que a gente precisa ter, eu acho, pacificação, acho que a grande palavra é pacificação”, afirmou Nunes.

Questionado sobre a pauta da anistia no Congresso Nacional, o prefeito de São Paulo afirmou que é necessário que a proposta seja debatida.

“Eu acho que não pode não pautar, eu acho que não pautar não é correto, não é justo, você tem que dar oportunidade para os deputados, dentro da sua maioria construída para a votação, definir, então eu prefiro até nem opinar de um lado ou de outro, porque o que eu tenho de opinião convicta é de que não é justo sequer pautar para você não dar a opção dos deputados colocarem a sua vontade, então uma vez que pautar, a maioria por anistia ou não anistia, o que prevalecer, dá tudo certo, e a democracia é isso, é isso que é bonito, o que não pode é você não permitir que as pessoas tenham o direito de exercer o seu voto”, pontuou o chefe do executivo paulista.

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Ricardo Nunes comentou ainda sobre as falas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na manifestação do último domingo (7), que, pela primeira vez, atacou fortemente o ministro Alexandre de Morais e o STF.

“As pessoas como o Tarcísio, vou dizer até como amigo, não estou nem falando como prefeito, como governador, como amigo pessoal do Tarcísio, ele foi um dos que mais vem dialogando com os ministros do Supremo. Ele tem conversado com todo mundo, pedindo pacificação, foi um dos que nas manifestações anteriores foi um que coordenou muito para que não tivesse nenhum cartaz sobre STF, sobre ministros, e não tinha, não tinha, ou seja, sinalizando bastante de que era possível e necessário ter por todos os lados uma situação de amenizar e pacificar a situação. Eu acho que o que ele se sentiu foi de tanta luta, de tanta conversa, de tanto tentar, e as coisas foram só pressionando”, explicou Nunes.

O prefeito da capital paulista ainda falou sobre o discurso da ex-primeira dama, no ato de 7 de setembro. “Tem algo que eu acho que tocou muito, inclusive tocou a mim, num depoimento da Michele Bolsonaro, de falar que a filha de 14 anos entrou no carro para ir para a escola, aí a polícia para, revista o carro com a filha de 14 anos, abre o porta-malas, precisa disso? Quando você atinge uma filha a gente precisa ter um pouco dessa sensibilidade também. Todos os exageros, a gente precisa, independente de onde vier, a gente precisa contestar. Não é possível que a gente ache isso normal, que a gente ache que é normal você ter um policial lá dentro do terreno, do imóvel que está a esposa, que está a filha, para que isso, para que isso?”, finalizou.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.