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Pablo Marçal é condenado pela terceira vez no ano e fica inelegível

Empresário é acusado de abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação e irregularidades na arrecadação de campanha; ele ficará impedido de disputar eleições até 2032

Pablo Marçal é condenado pela terceira vez no ano e fica inelegível

A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou, pela terceira vez neste ano, o empresário Pablo Marçal (PRTB) à inelegibilidade. A nova decisão, divulgada nesta quarta-feira (23), aponta abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação ilícita de recursos durante a campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. A sentença, no entanto, ainda permite recurso em instâncias superiores.

De acordo com o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, responsável pela decisão, Marçal realizou diversas condutas consideradas irregulares, como ofensas a adversários — entre elas a acusação de que Guilherme Boulos seria usuário de drogas —, insinuações de corrupção envolvendo a Justiça Eleitoral e a candidata Tábata Amaral, além de uso indevido das redes sociais para distribuir materiais de campanha e transferir os custos a apoiadores.

A decisão destaca ainda que Marçal violou o princípio de isonomia ao estimular a produção de materiais por terceiros e ao utilizar sorteios e influenciadores digitais para driblar sanções impostas à sua campanha. “Constato a gravidade da conduta praticada pelo réu Pablo Marçal, ainda que não tenha chegado ao 2º turno das eleições municipais”, escreveu o magistrado.

Apesar de acumular três condenações por inelegibilidade, as penas não são somadas. Assim, Marçal segue impedido de disputar eleições até 2032. Nas sentenças anteriores, ele foi acusado de oferecer apoio político a candidatos mediante pagamento, promover fake news sobre o sistema eleitoral e realizar gastos ilícitos de campanha. Somadas, as multas chegam a R$ 420 mil.

Em nota, Marçal disse ter recebido a decisão “com serenidade” e reafirmou acreditar na reversão da sentença. “Sigo confiante na revisão dessa decisão pelas instâncias superiores e continuo acreditando na Justiça como instrumento legítimo de equilíbrio e verdade”, afirmou.

* Com informações da CNN

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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.