A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, apresentou, nesta quarta-feira (18), em Belo Horizonte, o novo formato de acolhimento de
Conforme a ministra, metade dos passageiros dos voos que desciam em Fortaleza já tinham esse tratamento, desde que não tivessem como destino o Sudeste do Brasil. “A gente observou que temos um número significativo de Minas, pelo menos 50% das pessoas que chegam são do estado, mas também temos um número expressivo de Rondônia. Essas pessoas que iam para o Norte, para o Nordeste, já passavam por esse procedimento, de ficarem hospedadas em Fortaleza e a gente, então, equacionava o transporte terrestre”, destaca.
O que muda a partir do próximo voo, ainda de acordo com Macaé, é que o procedimento será ampliado para todos os repatriados. “Todos vão chegar, serão acolhidos em uma hospedagem, passarão por esse diagnóstico e, aí, serão encaminhados por transporte terrestre desde que não tenham algum acometimento, que aí, nesses casos, ainda vamos disponibilizar o transporte aéreo”, completa.
Até esta quarta-feira, 892 pessoas foram repatriadas em dez operações, realizadas duas vezes por mês. A maior parte delas, cerca de 80%, são homens, com idade entre 19 e 30 anos, que deixaram parentes nos Estados Unidos. Desses, 75% ficavam em casa de parentes e 25% em casa própria. Outra informação fornecida pela ministra é sobre o aumento do número de pessoas detidas nos Estados Unidos, que chegou a 49 mil até 4 de maio. O governo federal acredita que entre 2% e 4% são brasileiros.
Agenda nos Estados Unidos
Macaé Evaristo esteve nos Estados Unidos entre 9 e 12 de junho para se reunir com lideranças brasileiras locais, escutar suas demandas e garantir apoio a migrantes e repatriados. Os encontros, mediados pelos projetos Kilomba Collective, Projeto Entre Fronteiras e Defending Democracy, pautaram as dificuldades e ações de proteção aos direitos de brasileiras em solo americano.
No último dia 12, a ministra foi recebida pelo embaixador Aldanio Senna Ganem e pela ministra Marissol Romariz, no Consulado-Geral do Brasil em Nova York, onde também compartilhou informações sobre o programa de acolhimento desenvolvido pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.