Foi preso nesta quarta-feira (3) o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Rodrigo Bacellar (União), pela Polícia Federal (PF). Rodrigo foi detido durante uma operação para combater a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas que levou à
A Operação Unha e Carne aponta que Bacellar é suspeito de ter vazado informações. Ao todo, a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e outro mandado de intimação para pedido de medidas cautelares.
O deputado estadual pelo Rio de Janeiro TH Joias (MDB) foi preso no dia 3 de setembro por possível ligação à facção Comando Vermelho (CV), além de tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito.
A ação se insere no contexto da decisão do Supremo Tribunal Federal no âmbito do julgamento da ADPF 635/RJ (ADPF das Favelas) que, dentre outras providências, determinou que a Polícia Federal conduzisse investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos.
Relebre a prisão de TH Joias
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Além de TH, outras quatro pessoas foram denunciadas pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito, segundo a CNN.
Thiego Raimundo dos Santos Silva, de 36 anos, teria usado o mandato para intermediar negócios ilegais, como a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones que seriam destinados ao Complexo do Alemão.
Também foram identificadas transações financeiras suspeitas de empresas ligadas a ele, o que indica lavagem de dinheiro. TH nasceu em uma comunidade da Zona Norte do Rio e aprendeu com o pai as funções de ourives na joalheria da família em Madureira.
TH Joias era famoso por suas peças personalizadas
Ele produzia peças personalizadas e já chegou a vender para famosos como Neymar, Vinícius Júnior, Adriano Imperador, John Kennedy, do Fluminense, L7nnon, Leo Santana, MC Poze do Rodo e também pela cantora Ludmilla.
Entre 2017 e 2018, ele chegou a ser preso por suspeita de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Ele também era apontado como responsável por lavar dinheiro para o Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA).
Antes da carreira na política, ele apoiava iniciativas sociais ligadas ao esporte e à cultura nas favelas do Rio.
Ele se candidatou em 2022 e recebeu 15.105 votos, sendo suplente de Otoni de Paula pai. Após a morte do parlamentar em 2024, TH assumiu a cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).