O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a
O deputado mineiro, que nesta sexta-feira (21) visitou o ex-presidente em prisão domiciliar, disse que a fuga durante uma vigília de orações que foi convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) no condomínio em que o pai mora, era impossível. “O Brasil virou filme agora? Ele ia vestir uma máscara e sair no meio do povo?”, indagou Nikolas.
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Na decisão, Moraes ainda citou a informação do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal de que o ex-presidente tentou romper o equipamento eletrônico por volta das 00h deste sábado.
Para Nikolas, o fato de que a vigília estava marcada para às 19h refuta o argumento do magistrado. “O evento estava marcado para às 19H do dia 22, quem em sã consciência quer usar uma vigília para poder fugir e tira a tornozeleira 17h antes?”, questionou.
As supostas incoerências apontadas pelo deputado seriam, para ele, prova da perseguição judicial que o ex-presidente estaria enfrentando. “Não existiu uma outra pessoa que foi tão perseguida, não somente pela mídia, mas principalmente pelo sistema judiciário, que virou um sistema político”, completou.
Bolsonaro preso preventivamente
Segundo a decisão de Moraes, a prisão preventiva foi decretada porque Jair Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares da prisão domiciliar. O despacho afirma que a
De acordo com informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o ex-presidente também tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta das 00h deste sábado.
“A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.
Cabe lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.
Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “profunda perplexidade” e que vai recorrer. Os advogados também tentavam que a condenação em regime fechado pela tentativa de golpe fosse revertida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes.
“Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, disseram os advogados.