‘Frigobar e ar condicionado': veja como é a sala da PF em que Bolsonaro está preso

Ex-presidente foi preso em uma sala de Estado Maior na sede da superintendência da Polícia Federal em Brasília

Presidente está preso em uma sala de Estado Maior por se tratar de uma autoridade da República

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado para uma sala de Estado Maior na superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, neste sábado (22), após ter a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro vai ficar no local pelo menos até este domingo (23), quando vai passar por uma audiência de custódia.

Imagens obtidas pela CNN e Itatiaia mostram que a sala da PF possui ar condicionado, televisão e frigobar. O ex-presidente ainda conta com uma cama de solteiro, uma mesa e tomadas no espaço. Bolsonaro foi levado para o local por se tratar de uma autoridade da República.

Além do conforto do espaço, o ex-presidente também terá um médico disponível em tempo integral, em regime de plantão, devido a seu estado de saúde fragilizado. O benefício foi determinado por Moraes na decisão deste sábado.

Bolsonaro foi preso pelo descumprimento das medidas cautelares impostas na prisão domiciliar, após o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), convocar uma vigília de oração para a porta do seu condomínio. Segundo Moraes, a manifestação era um pretexto para causar desordem pública e propiciar um ambiente de fuga.

De acordo com informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o ex-presidente também tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta das 00h deste sábado. “A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.

Cabe lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “profunda perplexidade” e que vai recorrer. Os advogados também tentavam que a condenação em regime fechado pela tentativa de golpe fosse revertida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes.

“Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, disse os advogados.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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