O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da Ação Penal que condenou Jair Bolsonaro à prisão por envolvimento na trama golpista, autorizou que o ex-presidente tenha alimentação especial na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília. A decisão é da noite desta terça-feira (25).
Conforme o documento, obtido pela Itatiaia, foi autorizado que uma pessoa “previamente cadastrada pela defesa do custodiado” entregue comida “no horário fixado pela Polícia Federal” ao ex-presidente. O material precisará ser fiscalizado e registrado pela corporação.
Bolsonaro começou a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão em uma sala de Estado Maior, com direito a cama, banheiro privativo, frigobar, ar condicionado e televisão. A sala é semelhante aquela que Lula ficou preso na sede da PF em Curitiba, no Paraná, quando foi condenado na Lava Jato.
Também começaram a cumprir penas o ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno. Os dois foram encaminhados para o Comando Militar, em Brasília, no início da tarde desta terça-feira.
Os militares da reserva fazem parte do núcleo crucial da tentativa de golpe, junto ao ex-presidente, que foi considerado o líder de uma organização criminosa que tentou abolir o Estado Democrático de Direito. Heleno recebeu 21 anos de prisão, enquanto Paulo Sérgio, 19 anos.