O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas às tentativas ao que considera ataques ao multilateralismo e à ordem internacional durante o discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.
“Este deveria ser um momento de celebração das Nações Unidas. Criada no fim da guerra, a ONU simboliza a expressão mais elevada da aspiração pela paz e pela prosperidade. Hoje, contudo, os ideais que inspiraram seus fundadores em São Francisco, estão ameaçados como nunca estiveram em toda a sua história. O multilateralismo está diante de nova encruzilhada. A autoridade dessa organização está em xeque”, iniciou o petista.
Segundo ele, os países assistem “à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder”. Os resultados desse processo, na visão do presidente brasileiro, são atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais, que “estão se tornando regra”.
“Existe um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia. O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades. Quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas”, declarou.
Sem mencionar o
“Não há justificativa para medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias”, enfatizou.