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Lula diz que falta ‘coragem’ a Putin e Zelensky para encerrar guerra na Ucrânia

Segundo o presidente, a maior preocupação dos líderes internacionais é sobre quem ficará com a ‘dívida’ do conflito

Os presidentes do Brasil, Lula (esq.), da Rússia, Vladimir Putin (cen.), e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (dir.)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou nesta terça-feira (26) que a guerra na Ucrânia está próxima do fim, mas disse que falta “coragem” ao líder russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodymyr Zelensky, de anunciar o encerramento do conflito.

“Eu acho que tanto o presidente Putin quanto o presidente Zelensky já sabem o limite de onde vai essa guerra. A Europa já sabe o limite, o [presidente dos Estados Unidos, Donald] Trump já sabe o limite. Então, acho que estão apenas aguardando o momento que eles tenham coragem de anunciar o fim dessa guerra”, declarou o petista durante a abertura da segunda reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto.

Segundo Lula, a maior preocupação dos líderes internacionais é sobre quem ficará “com a dívida da guerra” no Leste Europeu.

“Alguém vai ter que tentar ajudar a recuperar a Ucrânia, alguém vai ter que tentar se rearmar outra vez. A União Europeia aprovou 800 bilhões de euros de rearmamento de todos os países, quando a gente estaria precisando de dinheiro para acabar com a fome ou para, quem sabe, manter as florestas em pé, já que a gente vai ter a COP 30 em Belém”, comparou.

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Nas últimas semanas, Lula recebeu duas ligações de Putin para tratar sobre a avaliação do chefe de Estado brasileiro em relação às negociações pelo fim da guerra. As conversas têm sido mediadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já se encontrou com o líder russo, no Alasca, e com Zelensky, na Casa Branca, acompanhado por chefes de Estado e de governo europeus.

Oriente Médio

Lula voltou ainda a classificar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza como um “genocídio” e defendeu um fortalecimento das instituições de governança global, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para encerrar a disputa.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.