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Lula detalha conversa com Trump e diz que ‘falou mais grosso’

Presidente avaliou que as divergências entre os dois países devem ser tratadas com democracia e respeito

Presidente afirmou que “falou grosso” em telefonema com Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (10), durante um evento em São Paulo, que o Brasil e os Estados Unidos estabeleceram uma relação que nunca deveria ter sido “truncada”.

Lula comentou a conversa que teve com o presidente americano Donald Trump. “Comecei a conversar com o Trump dizendo assim: estou completando 80 anos de idade e você vai completar 80 anos no dia 14 de junho do ano que vem. Ele é oito meses mais novo que eu, portanto, tenho idade pra falar mais grosso com ele”, brincou o petista.

“Disse para o Trump: nós dois, com 80 anos, governamos as duas maiores democracias do Ocidente. A gente não pode passar discórdia, desavença para o restante do mundo. Precisamos passar harmonia, precisamos conversar. Tem divergência? Tem. Vamos colocar na mesa, sentar e conversar’. Não tem tema proibido pra conversar comigo.”

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Durante a cerimônia de lançamento do novo modelo de crédito imobiliário, o presidente avaliou que as divergências entre os dois países devem ser tratadas com democracia e respeito.

“Nunca tratei presidente de outro país ideologicamente. Quem tem que tratar ideologicamente é o povo que o elegeu, eu não. Eu tenho que tratar com respeito alguém que foi eleito, e ele tem que tratar com respeito alguém que foi eleito e fim de papo”, disse. “Gosto de conviver com desavenças, tratando democraticamente”, declarou

“O Brasil não tem interesse de brigar com os Estados Unidos. Não quero brigar com a Bolívia, não quero brigar com o Uruguai. Por que eu vou brigar com os Estados Unidos? Se a gente ganhar, o que a gente vai fazer? É melhor não brigar. O melhor a se fazer é sentar numa mesa, conversar um pouquinho, assinar uns documentos e tudo fica bem.”

Lula citou ainda que o Brasil não deve depender “de um país ou do humor de um presidente de outro país”. “Essa relação é importante porque no mundo ninguém respeita quem não se respeita. Se você acha que lamber botas te ajuda, vai cair do cavalo. As pessoas respeitam quando percebem que você tem autoridade moral, tem caráter”, concluiu o presidente.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.