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Líder do PT aposta em Alcolumbre para frear anistia a Bolsonaro

Partidos do Centrão pressionam para que Câmara aprove perdão a ex-presidente após julgamento no Supremo Tribunal Federal

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), disse nesta quarta-feira (3) que embora haja uma articulação em curso na Casa pela votação de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a movimentação deve ser barrada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“O texto que eles estão discutindo na Câmara é para livrar a cara do Bolsonaro. O fato novo que a gente tem é que Davi Alcolumbre disse que no Senado não vai ser assim. Isso nos ajuda muito nesse processo de resistência”, afirmou o petista a jornalistas na saída do Supremo Tribunal Federal, onde acompanhou parte do segundo dia de julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

Partidos do Centrão, como PP, União Brasil, Republicanos e PSD, têm se mobilizado nos últimos dias para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar um projeto que conceda anistia a Bolsonaro logo após o julgamento no STF.

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A articulação é liderada pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), cotado para disputar à Presidência em 2026 com o apoio dessas legendas. Uma eventual aprovação da proposta também pode ajudar o chefe do Executivo paulista a receber a “benção” de Bolsonaro, que resiste a indicar um nome da direita ao Planalto que não seja de sua família.

Segundo apurou a Itatiaia, em uma reunião de líderes realizada na terça-feira (2), o chefe da bancada do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (MA), teria defendido abertamente a votação do texto. Em abril, ele chegou a ser indicado para o Ministério das Comunicações, mas rejeitou o cargo.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.