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Greve dos professores: apenas 26 escolas da rede municipal funcionam normalmente em BH

O prefeito em exercício, Juliano Lopes (Podemos), havia dito que uma nova proposta seria apresentada para a categoria nesta segunda-feira (16), o que não aconteceu

O Sind-REDE/BH fará uma nova assembleia na terça-feira (17) para decidir o futuro da greve.

Vinte e seis escolas da rede municipal de educação de Belo Horizonte estão funcionando normalmente, número maior em comparação a última quarta-feira (11), quando apenas quatorze instituições seguiam com as atividades normalizadas.

Apesar do número ter aumentado, das 324 escolas municipais da capital mineira, 275 ainda estão sendo impactadas de forma parcial pela greve dos professores, enquanto 23 permanecem totalmente fechadas.

A categoria, que está de greve desde o dia 6 de junho, reivindica melhores condições salariais, rejeitando o reajuste de 2,49% proposto pela prefeitura — percentual que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-REDE/BH), está abaixo da inflação e do Piso Nacional do Magistério.

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Na última quinta-feira (12), o prefeito em exercício da capital mineira, Juliano Lopes (Podemos), afirmou que nesta segunda-feira (16) o município iria apresentar uma nova proposta aos servidores. Porém, segundo o Sind-Rede, até o momento, não houve nenhuma tentativa de negociação por parte da prefeitura.

A Itatiaia procurou a prefeitura de Belo Horizonte e a assessoria do prefeito em exercício, mas, até o momento, não tivemos retorno.

A categoria terá uma nova assembleia para decidir se continuam ou encerram a greve na terça-feira (17).

De acordo Vanessa Portugal, uma das diretoras do Sind-Rede, a paralisação ainda atinge 90% das escolas. Ela destaca que o prefeito em exercício não fez novas propostas para a categoria, como havia protegido.

“Ficamos em vigília hoje todo o dia na porta da prefeitura, no início da noite reenviaram a mesma proposta que já haviam enviado antes. É inaceitável a intransigência da prefeitura em não se abrir para negociação, tentar desmoralizar o movimento por meio de notícias falsas é inaceitável”, pontua.

De acordo com ela, a situação das escolas é “gravíssima” e a proposta de reajuste é “desrespeitosa”. “As salas estão cheias; falta tempo de planejamento, há uma defasagem salarial em aposentados que precisa ser revista e uma necessidade de atualização da carreira”, conclui.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.