A Justiça italiana solicitou ao governo brasileiro informações detalhadas sobre as condições de segurança do sistema prisional, antes de decidir se autoriza a extradição da deputada Carla Zambelli. O pedido busca confirmar se ela não será exposta a riscos à vida caso seja transferida para cumprir pena no Brasil.
Com a nova exigência, a Corte de Apelação da Itália adiou a definição do caso para o dia 18 de dezembro, conforme informações à reportagem da Itatiaia.
Zambelli está presa desde julho na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, unidade conhecida por abrigar presas ligadas ao crime organizado e que enfrenta superlotação. Dados de 30 de julho de 2025 apontam que o local, projetado para 272 detentas, mantém atualmente 369 mulheres sob custódia.
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão, a parlamentar foi responsabilizada pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e pela inclusão de documentos falsos em 2023.
O advogado Fábio Pagnozzi, argumenta que Zambelli possui comorbidades e tenta impedir a extradição, pedindo que, caso permaneça na Itália, a deputada cumpra a pena em regime domiciliar.
A decisão final dependerá agora das informações que o governo brasileiro prestará à Corte italiana sobre as condições de custódia e proteção.