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Greve dos professores: secretário explica impasse entre servidores e Prefeitura de BH

Para a Itatiaia, o secretário Bruno Passeli afirmou o que percentual, reivindicado pelos professores, corresponde aos meses de janeiro até abril

Bruno Passeli, secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão.

O secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão de Belo Horizonte, Bruno Passeli, em entrevista à Itatiaia, explicou o impasse entre os professores da rede municipal e a prefeitura da capital mineira.

A categoria, que está em greve desde a última sexta-feira (6), reivindica um índice maior de reajuste do que o apresentado pela PBH, de 2,49% — percentual abaixo da inflação e do Piso Nacional do Magistério.

De acordo com o secretário, esse valor foi acumulado com base nas inflações de janeiro, fevereiro, março e abril, que, somadas, equivalem a 2,49%. “Essa gestão, desde o dia 1º de janeiro, começou sem dever nenhuma porcentagem de anos anteriores. O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) instituiu a data-base para maio, o que é um ganho para os sindicatos, de forma geral”, disse em entrevista à Itatiaia.

Data-base

Em maio deste ano, a prefeitura anunciou o mês como data-base dos servidores municipais, ou seja, o período anual para reajustes salariais.

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Em uma publicação nas redes sociais, Damião afirmou que a escolha da data-base é uma demanda “antiga e histórica” dos servidores municipais, e a proposta é que maio seja o mês de referência para as negociações salariais.

A partir disso, temos que zerar o jogo. Se no ano passado demos mais que a inflação — demos 8% e ela foi menos de 5% —, então nós tínhamos que pagar a inflação de janeiro até abril, já que a data-base é maio. Então acumulamos a inflação de janeiro, fevereiro, março e abril, deu 2,49%, dados oficiais, e estamos concedendo retroativamente a maio”.
— disse Passeli.

Segundo o secretário, a expectativa é que, em maio do ano que vem, a prefeitura terá 12 meses completos para “chegar ao número que todos têm na cabeça”, correspondente à inflação.

86% de adesão à greve

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, das 324 escolas da rede, 14 funcionam normalmente, 262 sofreram impacto parcial e 48 permanecem fechadas.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), uma nova assembleia para decidir os rumos da paralisação será realizada na próxima terça-feira (17).

Assista à entrevista na íntegra:

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.