A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a pedir, neste sábado (22), que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda prisão domiciliar ao ex-presidente. Trata-se de um pedido de prisão “humanitária”.
Os advogados de Bolsonaro dizem, no documento enviado ao STF, que “inexiste risco de fuga” e que violação da tornozeleira eletrônica teria relação com um quadro de confusão mental,
Prisão mantida
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será mantido em prisão preventiva após passar por audiência de custódia neste domingo, realizada ao meio-dia por videoconferência. O capitão reformado do Exército participou da sessão na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde está detido desde a manhã de sábado (22).
Segundo a ata da reunião, divulgada minutos após o fim da audiência, Bolsonaro afirmou que não sofreu qualquer abuso ou irregularidade durante o cumprimento do mandado de prisão. Ele também confirmou ter passado por exame de corpo de delito.
Na audiência, Bolsonaro alegou que mexeu na tornozeleira eletrônica durante a madrugada porque enfrentou um episódio de “paranoia” associado à combinação de medicamentos prescritos por médicos distintos, sem comunicação entre si. Ele disse ter usado um ferro de solda que mantinha em casa para tentar abrir a tampa do equipamento, acreditando que havia uma “escuta” instalada nele.
Afirmou ainda que não pretendia fugir, negou ter rompido a cinta da tornozeleira e disse que estava acompanhado de familiares e um assessor, que não viram a ação. Sobre a vigília convocada pelo filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente alegou que o ato ocorreria a cerca de 700 metros de sua casa, sem potencial para facilitar eventual fuga.