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Comissão da CMBH dá sinal verde para projeto de reajuste salarial de servidores municipais

O PL estabelece o dia 1º de maio como data-base para a revisão anual dos pagamentos e fixa o valor do vale-refeição em R$ 60 para jornadas de trabalho de oito horas diárias

Para os próximos anos, 2026 e 2027, o impacto estimado nas contas do município é de mais de R$ 630 milhões.

A Comissão de Administração Pública e Segurança Pública da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) deu sinal verde para o Projeto de Lei (PL) que prevê um reajuste de 2,49% na remuneração dos servidores e empregados públicos da administração direta e indireta da prefeitura.

A proposta, de autoria do Executivo, estabelece o dia 1º de maio como data-base para a revisão anual dos pagamentos e fixa o valor do vale-refeição em R$ 60 para jornadas de trabalho de oito horas diárias.

O texto foi enviado à Câmara no último dia 16, substituindo o projeto anterior, encaminhado no fim de junho, que deixava de fora os trabalhadores da educação. Agora, além dos professores, o prefeito também incluiu a Superintendência de Mobilidade de BH (Sumob) no rol de entidades contempladas pelas alterações.

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Segundo o Executivo, o impacto orçamentário do reajuste para 2025 é de aproximadamente R$ 164 milhões — valor já previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) e, segundo a PBH, dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Para os próximos anos, 2026 e 2027, o impacto estimado nas contas do município é de mais de R$ 630 milhões.

Inclusão de categoria veio após acordo

Na justificativa, o prefeito afirmou que o reajuste e as adequações no plano de carreira de categorias específicas são resultados de acordos firmados com os sindicatos.

O primeiro texto enviado à Câmara Municipal não contemplava os servidores da educação, devido à ausência de acordo entre a PBH e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de BH (Sind-REDE/BH). A categoria ficou em greve por vinte e nove dias, tendo retornado às atividades apenas no início de julho.

O projeto tramita em primeiro turno e, para seguir para sanção ou veto do prefeito, precisa do aval de, pelo menos, 21 parlamentares em Plenário.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.