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Câmara pode votar projeto que amplia licença-paternidade para até 30 dias na próxima semana

Proposta prevê aumento gradual a partir de 2027; texto ainda pode ser ajustado antes da votação

O relator do projeto que aumenta gradualmente a licença-paternidade até chegar a 30 dia, deputado Pedro Campos (PSB-PE)

O relator do projeto que amplia a licença-paternidade, deputado Pedro Campos (PSB-PE), afirmou nesta quinta-feira (30) que a proposta deve ser votada na próxima semana na Câmara dos Deputados.

“Hoje, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) está comprometido a pautar o projeto na próxima semana. Ele vem nos ajudando na tramitação e agora se comprometeu a colocar o relatório em votação”, disse o relator após reunião de líderes da Casa.

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O texto propõe a ampliação gradual da licença-paternidade, atualmente de cinco dias, até chegar a 30 dias em 2031. A cada ano, a partir de 2027, seriam acrescidos cinco dias de licença. Segundo Campos, o texto ainda pode sofrer ajustes até o dia da votação.

“Essa ampliação começa em 2027 por questões orçamentárias, já que vamos migrar de um modelo em que as empresas arcam com o pagamento da licença para um formato semelhante ao do salário-maternidade, custeado pela Previdência”, explicou o deputado.

De acordo com estimativas apresentadas pelo relator, a ampliação para 10 dias custaria R$ 2,2 bilhões por ano aos cofres públicos, enquanto a licença de 30 dias teria um impacto de R$ 6,5 bilhões anuais.

Campos defendeu, no entanto, que o valor representa menos de 0,5% das despesas da Previdência e que o impacto deve diminuir ao longo dos anos, considerando a queda na taxa de natalidade no país.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.