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Câmara de BH aprova criação de 22 novos cargos de servidores em 1º turno

Salários dos funcionários causarão impacto de quase R$ 3,5 milhões no orçamento da Casa em 2026

Projeto de autoria da mesa diretora da Câmara prevê a nomeação de servidores aprovados em concurso

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou em primeiro turno nesta sexta-feira (5) a contratação de 22 servidores para o Legislativo da capital mineira. O Projeto de Lei (PL) 456/2025 teve 34 votos favoráveis e três contrários para aumentar o número de funcionários da Casa. O impacto orçamentário calculado é de quase R$ 3,5 milhões para o orçamento de 2026.

Os únicos três votos contrários ao projeto vieram dos vereadores Pablo Almeida, Uner Augusto e Vile dos Santos, todos do PL. A proposta ainda deve ser aprovada em plenário no segundo turno antes de ser enviado para a sanção ou veto do Executivo.

O texto é de autoria da mesa diretora da Casa, o presidente Juliano Lopes (Podemos); as vice-presidentes Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Flávia Borja (DC); e os secretários Wagner Ferreira (PV) e Wanderley Porto (PRD).

O projeto cria 18 vagas para o cargo de técnico legislativo com salário base de R$ 5,8 mil cada; e dois jornalistas, um redator e um administrador com vencimentos de R$ 10 mil cada um. O vale alimentação para as carreiras da Câmara de BH é de R$ 2,3 mil mensais, conforme aprovado em abril deste ano.

O presidente da Câmara, Juliano Lopes, desceu da mesa diretora para votar e encaminhar seu posicionamento favorável ao texto. O vereador defendeu o projeto como uma forma de nomear profissionais aprovados em concurso público e aumentar a eficiência do corpo técnico da Casa.

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Impacto orçamentário

No cálculo presente no projeto, o impacto da medida no orçamento da Câmara para o restante deste ano será de R$ 1.392.119,53. Em 2026, as cifras atingem R$ 3.480.410,57 e sobem para R$ 3.858.287,55 em 2027.

O texto argumenta que o impacto dos novos cargos no orçamento está dentro do que preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para 2026 e 2027, o valor da folha salarial da Casa representará 1,4% da Receita Corrente Líquida Ajustada.

A LRF determina que o teto para os gastos com pessoal no Legislativo Municipal é de 6% da Receita Corrente Líquida da cidade.

Sanções para projetos paralisados

Na mesma sessão de plenário, os vereadores aprovaram em primeiro turno o Projeto de Lei 134/2025, que estabelece sanções para empresas que abandonarem ou paralisarem obras e serviços contratados pela Prefeitura de Belo Horizonte.

O texto aprovado na primeira votação determina que empresas que interrompem seus serviços por motivos injustificados por mais de 60 dias fiquem impedidas por até dois anos de participar de licitações ou celebrar contratos com o município.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.