Os médicos do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) não descartam a realização de um novo procedimento cirúrgico na próxima semana para
minimizar as crises de soluço.
Nesta quinta-feira (25), Bolsonaro passou por uma cirurgia de
herniorrafia inguinal bilateral em um hospital particular de Brasília. O procedimento, conforme informou a equipe médica, não resolveria os
soluços apresentadas pelo ex-presidente nos últimos meses.
Em conversa com jornalistas após o fim da
cirurgia realizada no feriado de Natal, os cirurgiões afirmaram que, inicialmente, foi proposto um “bloqueio do nervo” para solucionar o problema. No entanto, os profissionais observaram que os soluços teriam relação direta com o tubo digestivo, associados a um quadro de “esofagite severa, gastrite e refluxo gastroesofágico”.
Diante desse cenário, os médicos optaram por “otimizar o tratamento clínico”, com ajustes e adaptações na dieta de Bolsonaro. Eles preveem que, nos próximos dias, o ex-presidente permaneça em observação e que, até segunda-feira (29), já seja possível avaliar se será ou não necessário realizar uma nova cirurgia — que, segundo a equipe, é mais invasiva.
“
Toda vez que podemos ser menos invasivos na proteção do paciente, que tem 70 anos, isso representa um benefício enorme. Porém, se conseguirmos resolver de forma clínica, será mais seguro”.
— afirmou um dos médicos da equipe de Bolsonaro.
Caso a necessidade de um novo procedimento seja confirmada, Bolsonaro poderá passar o réveillon fora da prisão.
O
ex-presidente cumpre pena de 27 anos e três meses em regime fechado por tentativa de golpe de Estado. Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
Após perícia médica constatar a necessidade de uma intervenção cirúrgica e o pedido da defesa ser
autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Bolsonaro foi transferido da PF para um hospital privado.
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