Manifestantes se reuniram neste domingo (21) em várias capitais do país contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) chamada “PEC da Blindagem”. Em Belo Horizonte, o ato começou na
A mobilização criticou o projeto de lei que prevê anistia a condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Artistas tiveram papel de destaque nos protestos, com shows e participações em diferentes cidades.
Para Humberto Ribeiro, diretor jurídico do Sleeping Giants e um dos organizadores do ato, a manifestação foi um “sucesso absoluto”. Ele afirmou que o movimento já surtia efeito antes de acontecer: “A simples convocação fez com que deputados recuassem e senadores se posicionassem contra a PEC da Blindagem e contra a anistia”.
PEC da Blindagem e anistia
A PEC da Blindagem, aprovada na Câmara, amplia a proteção judicial para deputados e senadores. Ela exige que o Supremo Tribunal Federal (STF) peça autorização ao Congresso para abrir processos criminais contra parlamentares. A decisão seria tomada em votação secreta.
Outro alvo dos protestos foi o regime de urgência para o Projeto de Lei da Anistia, que acelera a tramitação sem passar por comissões temáticas. O texto pretende anistiar condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
Arte e política
Humberto destacou a união de artistas com movimentos sociais e sindicatos: “Foi a primeira vez que cantores, comunicadores populares e grupos políticos se juntaram para discutir política com arte”.
Em Belo Horizonte, a banda Lamparina e a cantora Fernanda Takai se apresentaram. No Rio de Janeiro, participaram Djavan, Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil.
Para Ribeiro, o ato representa um “divisor de águas” para o campo progressista, por aproximar a política de mais pessoas.
Enquanto isso...
O ato da direita ocupou a Praça da Liberdade, também na Região Centro-Sul, em homenagem ao ativista americano Charlie Kirk, assassinado nos EUA.