Alvo de pedido de cassação, Ganem ‘vai muito pouco à Câmara’, diz Juliano Lopes

Lopes pontuou que é de amplo conhecimento dos vereadores que o colega não participa das comissões presencialmente, nem do Plenário

Presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), concedeu coletiva de imprensa nesta segunda-feira (1º)

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Juliano Lopes (Podemos), afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (1º), que o vereador Lucas Ganem (Podemos), acusado de não ter domicílio eleitoral na capital mineira e de manter funcionários fantasmas em seu gabinete, “vem muito pouco” à Casa.

Questionado sobre a frequência e a participação do parlamentar na Câmara Municipal, Lopes pontuou que é de amplo conhecimento dos vereadores que o colega não participa das comissões presencialmente, nem do Plenário.

“Você pode perguntar aos vereadores, demais vereadores, ele fica muito ausente aqui e das comissões quando participa, participa de forma virtual. A Câmara também permite, nesse caso, que trabalhe dessa forma, mas a gente vem notando que o vereador não tem estado muito presente na Câmara Municipal”, pontuou o chefe do Poder Legislativo local.

A reportagem da Itatiaia procurou o vereador na Câmara, mas ele não foi encontrado para comentar as declarações de Juliano Lopes e as acusações dos colegas. Em seu gabinete, funcionários disseram que ele vai esperar a Justiça para se manifestar.

Nesta segunda-feira, a Câmara Municipal de Belo Horizonte recebeu oficialmente a denúncia com pedido de cassação do mandato do parlamentar. O documento foi protocolado pelo advogado Guilherme Augusto Soares.

Como a Itatiaia adiantou na última semana, a denúncia por quebra de decoro já era preparada, e a pressão contra a presidência da Câmara era grande para recebê-la e iniciar a tramitação.

Eleito com 10.753 votos e conhecido pela atuação na causa animal, Lucas Ganem está em seu primeiro mandato. Ele passou a ser investigado pela Polícia Federal (PF) no início deste ano sob suspeita de ter declarado à Justiça Eleitoral um endereço em Belo Horizonte onde nunca teria residido, com o objetivo de disputar as eleições na capital.

A possível fraude em domicílio eleitoral provocou incômodo de vereadores eleitos, e que não conseguiram se eleger. A investigação da PF, inclusive, é oriunda de uma denúncia apresentada pelo ex-vereador Rubão, o primeiro na lista de suplentes do Podemos por uma vaga na Câmara da capital.

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.
Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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