Ouvindo...

Hugo Motta manda recado para governo Lula: ‘Brasil não precisa de mais impostos’

Presidente da Câmara dos Deputados usou suas redes sociais para criticar medida do governo Lula

O presidente da Câmra, Hugo Motta

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (26), para mandar um recado direto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e criticar o projeto que aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“Lembrando o que disse logo que assumi: o Estado não gera riqueza - consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, escreveu Motta.

“O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar. O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício. Vamos trabalhar sempre em harmonia e em defesa dos interesses do país”, concluiu o presidente da Câmara.

Aumento do IOF

Na semana passada, o ministro Fernando Haddad (PT) e sua equipe econômica anunciaram a elevação do IOF. O reajuste nas compras realizadas com moeda estrangeira passou de 3,38% para 3,5%. Ou seja, compras com cartões ou cheques de viagem passaram por um aumento.

A decisão reverteu uma medida implementada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em março de 2022, que previa a redução gradual das alíquotas até zerá-las em 2029. Até 2022, no entanto, a alíquota cobrada chegava a 6,38%.

Horas depois do anúncio, na noite de quinta-feira (22), o Palácio do Planalto anunciou um recuo na medida: o aumento previsto para transferências relativas a aplicações de fundos no exterior voltou a ser zerado (no anúncio anterior ele seria de 3,5%) e a remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior para investimento ficaria em 1,1% (no anúncio anterior seria aumentada para 3,5%).

Leia também

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.