Projetos voltados para profissionais da enfermagem avançam na Câmara de BH

Duas propostas foram aprovadas em primeiro turno nesta segunda-feira (12)

Câmara de BH

Sem nenhum voto contrário, foram aprovados nesta segunda-feira (12), em primeiro turno, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), dois projetos de lei voltados à enfermagem na capital. Os textos do vereador Bruno Pedralva (PT), que propõem duas mudanças relacionadas ao pagamento de profissionais de hospitais ligados ao SUS, uniram parlamentares de todos os partidos.

O primeiro deles prevê a garantia do pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês. Já o segundo determina a criação de um plano de transparência nos pagamentos feitos aos profissionais, tornando claro como está sendo a execução do piso nacional da enfermagem, com recursos repassados pelo Ministério da Saúde ao município.

“Nosso esforço é, em diálogo com a Prefeitura de Belo Horizonte, achar uma saída para que o piso (nacional da enfermagem) possa ser pago junto com o salário. Afinal de contas, ele representa, às vezes, quase metade, dos rendimentos de um profissional de enfermagem. Não é justo que ele não tenha o menor planejamento, menor previsão de quando é que vai receber esse recurso”, disse Pedralva sobre o pagamento até o 5º dia útil do mês”, disse Bruno Pedralva.

Em relação ao segundo projeto aprovado nesta segunda, ele destacou a importância da transparência neste processo. “Nós fazemos um apelo à prefeitura que possa disponibilizar, ou através de um site, ou de um aplicativo, exatamente quanto que cada profissional recebeu do Ministério da Saúde, quando que o dinheiro chegou na prefeitura, quando que o dinheiro foi para o hospital e quando que o hospital passou para o profissional. A gente quer que esse processo possa ser o mais transparente possível, inclusive para evitar descontos indevidos”, destacou o autor das propostas.

Articulação com a base do governo

O líder de governo da prefeitura na Câmara, vereador Bruno Miranda (PDT), direcionou a base governista a aprovar o texto em primeiro turno, mas afirma que é precisa alinhar detalhes técnicos para viabilizar a aprovação em segundo turno.

Miranda argumentou em plenário que a prefeitura teme que haja algum conflito institucional na tentativa de legislar sobre um repasse que é responsabilidade do governo federal.

"É uma política nacional, a política do piso, e você impor obrigações à Prefeitura de Belo Horizonte, ao Poder Executivo municipal numa política nacional, você pode criar, inclusive, um problema institucional. Então, nós conversamos para que a gente possa, também neste nesse caso, buscarmos o texto que seja possível, que seja viável e que dê a transparência e a segurança necessária aos profissionais da enfermagem”, afirmou Bruno Miranda.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

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