A falta de informação sobre geração própria de energia ainda é um dos fatores que impedem muitos empreendedores de investir nesse tipo de solução. Já os consumidores que ingressam nesse mercado com visão estratégica conseguem reduzir custos e, em alguns casos, até
É o caso de João Paulo Braga, 37 anos, proprietário da Ellos Química, indústria de produtos químicos na região Noroeste de Belo Horizonte.
“Cada dia que passa, a gente tenta atacar mais o mercado para poder expandir. Com a produção e com novos equipamentos que chegam ao mercado, acabamos tendo um consumo maior, e isso afeta o custo da energia. Por isso, instalamos placas com excedência para economizar. Essa sobra, ao longo do tempo, a empresa vai consumindo, por causa do próprio crescimento”, afirma.
João Paulo Braga, proprietário da Eloos Química
Em Minas Gerais, uma das formas de buscar orientação para começar do jeito certo é procurar o Sebrae. Com a ação Minas Solar, a instituição oferece conteúdos especializados, eventos e apoio empresarial tanto para quem deseja melhorar a gestão energética quanto para quem já atua com soluções solares. Entre 2023 e 2024, cerca de 4 mil participantes foram capacitados em iniciativas da entidade.
O presidente do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, explica que o Minas Solar é um programa presente em todo o estado, reunindo empreendedores e interessados em entender melhor a gestão de energia. “Oferecemos capacitação, orientação técnica, promovemos eventos de conexão com fornecedores e até ajudamos na análise e viabilidade de projetos”, afirma.
Para ele, investir em geração própria de energia exige planejamento. “É importante que todo negócio faça um estudo de viabilidade, conheça as regras e entenda o que a legislação exige para entregar essa energia de forma efetiva. Quem quer empreender nesse setor precisa saber sobre manutenção das placas, negociação com quem distribui a energia e diversos outros aspectos. O Sebrae oferece esse apoio, principalmente para micro e pequenas empresas”, destaca.
Marcelo de Souza e Silva, presidente do Sebrae Minas
Neste ano, o foco da instituição é melhorar a competitividade de micro e pequenas empresas, especialmente das pequenas indústrias, com ênfase na gestão energética. Diogo Lisboa, analista técnico do Sebrae Minas na área de energia, lembra que há programas específicos voltados ao tema.
“Uma das principais iniciativas é o Programa Brasil Mais Produtivo, que oferece consultorias em eficiência energética para aumentar a competitividade dessas indústrias por meio do acesso a tecnologias. As empresas conseguem reduzir o consumo de energia, diminuir custos, melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a produtividade”, explica.
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