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Fraude no INSS: líder do PDT na Câmara, Mário Heringer defende ministro

Segundo o deputado, o chefe da Previdência Social, Carlos Lupi, conta com o apoio do partido e paga um ‘preço alto’ por substituir Leonel Brizola

O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (esq.), e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (dir.)

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), defendeu neste domingo (27) o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, alvo de pressão no governo após a revelação de um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No sábado (26), uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, também mostrou que Lupi teria sido alertado em junho de 2023 sobre prováveis irregularidades em descontos não autorizados na folha de pagamento de aposentados.

Em mensagem enviada à Itatiaia, o deputado afirmou que o ministro tem apoio e solidariedade do partido e disse que ex-pedetistas “têm aproveitado o momento para se fantasiarem e voltar ao carnaval das narrativas”.

“Lupi paga um preço grande por ter que substituir o enorme [Leonel] Brizola que deixou muitos seguidores e muitos inimigos e detratores pelo caminho. Ser um herdeiro de um mortal que colocou o maior titã da indústria de notícias do Brasil de joelhos não é fácil. Atacado quando ministro do Trabalho, foi execrado por esses adversários, acusado de corrupção e, ao final, não existiu nem processo porque não houve denúncia”, escreveu.

Mário Heringer declarou ainda que qualquer atitude que Lupi vier a tomar contará com seu “inteiro apoio”, mas afirmou que isso dependerá “única e exclusivamente” do ministro.

“O cargo pra ele é o que menos nos preocupa agora. O que vale nesse momento é proteger o aposentado de uma grande quadrilha infiltrada no INSS. Investigações estão sendo feitas há alguns meses exatamente para elucidação do maior número de envolvidos. A extirpação do câncer, que corrói quase todo serviço público, onde há ordenação de despesas precisa continuar”, concluiu o líder do PDT.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.