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Luís Falcão diz que municípios pagam contas estaduais e federais: ‘sentido nenhum’

Luís Eduardo Falcão afirma que quer aumentar arrecadação tributária de municípios em meio ao crescimento das despesas das prefeituras

Presidente eleito da Associação Mineira de Municípios, Luís Eduardo Falcão

O novo presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão, disse nesta quinta-feira (10), em entrevista ao programa ‘Rádio Vivo’, da Itatiaia, que lutará por uma distribuição mais adequada dos recursos destinados para as prefeituras. Segundo ele, atualmente os municípios ficam com uma fatia menor que o ideal para o pagamento de despesas.

“De tudo que o brasileiro paga de imposto, uma parte muito pequena fica com os municípios, estamos falando de 10% talvez um pouco mais. A União fica com muito dinheiro, o governo federal fica com 70% e o restante com os estados”, iniciou.

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O presidente da AMM afirmou ainda que as atribuições municipais têm sido cada vez maiores e disse considerar injusto que prefeituras paguem contas dos governos estaduais e federais, mesmo com uma parcela menor da arrecadação.

“Hoje pagamos despesas de órgãos estaduais e federais. Isso não faz sentido nenhum. O dinheiro está todo aqui no governo do estado, em BH ou Brasília, e ainda temos que ceder funcionário, pagar convênio, despesas de órgãos estaduais e federais. Nossas atribuições só aumentam e o recurso não acompanha”.

Reforma tributária

Falcão também disse que o projeto de Reforma Tributária discutido no Congresso Nacional é uma ‘incógnita’. Para o presidente da AMM, os municípios precisam ter maior envolvimento nas conversas.

“O Congresso aprovou aquela proposta sem debatê-la adequadamente. Os municípios participaram muito pouco da discussão. Sabemos que não vamos fazer milagre, não vamos virar tudo de cabeça para baixo. Mas luta não vai faltar. Temos um trabalho aguerrido, e nossa eleição mostrou que nós sabemos agregar. Trabalhamos sem uma grande estrutura e conseguimos unir centenas de prefeitos de Minas Gerais, o que é possível fazer também com outras associações do Brasil para que a gente tenha avanços nessa situação”.

O prefeito afirmou ainda que os prefeitos, muitas vezes, são responsabilizados por problemas que são de outras esferas.

“O trabalho de um prefeito é muito ingrato porque você é cobrado por tudo. As pessoas não sabem que a segurança pública é dever do governo do estado pela constituição federal. Cobram o prefeito. Se não tem emprego a culpa é do prefeito. Se a estrada é estadual ou federal, o político mais perto da população para ser cobrado é o prefeito. As pessoas batem muito na porta do prefeito e a nossa ansiedade é tamanha que nós temos que fazer malabarismo para dar conta de fazer o que precisa e nunca é suficiente pelos recursos que temos”.

Antes de trabalhar no rádio, Eduardo Costa foi ascensorista e office-boy de hotel, contínuo, escriturário, caixa-executivo e procurador de banco. Formado em Jornalismo pelo UNI-BH, é pós-graduado em Valores Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, possui o MBA Executivo na Ohio University, e é mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Agora ele também está na grande rede!
Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
Apresentadora e produtora da Rádio Itatiaia. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Especialista em Mídias Digitais pela PUC Minas e em Produção de Rádio e TV pela Fumec. Já escreveu para as editorias de Política e Cidade nos jornais O Tempo e Super Notícia, e tem passagem pela FM O Tempo.