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Vereador de BH protocola projeto de lei que proíbe funk nas escolas municipais: ‘vai escutar o hino nacional’

Vile (PL) diz que músicas com ‘apologia ao crime, drogas e violência’ estão cada vez mais comuns nas escolas municipais da cidade

Um projeto quer proibir a execução de músicas do gênero funk nas escolas municipais de Belo Horizonte. O texto foi protocolado pelo vereador Vile (PL) e passará pelas comissões da Câmara Municipal antes de ser colocado em plenário.

Segundo a proposta, fica proibida também a execução de letras que ‘façam apologia ao crime, ao uso de drogas ou à violência’, ‘contenham conteúdo pornográfico ou linguagem obscena’ ou ‘utilizem expressões de duplo sentido que promovam ideias inadequadas ao desenvolvimento moral de crianças e adolescentes’.

Em contato com a Itatiaia, Vile disse que estes conteúdos são cada vez mais comuns nas escolas da rede municipal de BH. “Eu acho que nenhum pai quer que o filho ou a filha vai para a escola para escutar esse tipo de música que faz apologia ao crime, a drogas, a violência, conteúdo pornográfico, linguagem obscena. A gente tem observado que isso está se tornando cada vez mais comum nas escolas municipais e estaduais”, disse.

‘Vai aprender o hino’

Vile ainda afirmou que o objetivo da lei é coibir este tipo de conteúdo das escolas para, segundo ele, priorizar o ensino. Para o vereador, com a lei, as crianças vão trocar o funk pelo Hino Nacional.

“A gente está fazendo essa lei para coibir de verdade esse tipo de situação e que a gente possa priorizar que as crianças vão para a escola para aprender português, matemática, geografia, o hino nacional - que já foi esquecido nas escolas. Então a criança, em vez de ir para a escola escutar o funk, ela vai escutar o hino nacional e aprender a estudar de verdade, sair de lá um cidadão formado para poder contribuir com a sociedade”.

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Exemplo no interior

Uma medida semelhante foi adotada em Carmo do Rio Claro, no sul de Minas Gerais. O prefeito Filipe Carielo (PSD) publicou um decreto que proíbe o funk e outras músicas com conteúdos inadequados, como apologia ao crime, uso de drogas, pornografia e linguajar obsceno.

Segundo o prefeito, a medida foi aprovada ‘por 90% da população e dos professores’.

“Foi uma decisão bem tranquila, 90% da cidade aprovou, inclusive o corpo de professores. Talvez dois ou três foram contra, de centenas de professores que temos. A democracia é assim, não vamos ter nunca uma decisão unânime, mas que visa chamar atenção da sociedade para nos atentarmos ao conteúdo que são levados para a escola. É uma decisão convicta de que é o melhor para nossos alunos”, conta o prefeito.

Na cidade, a fiscalização do cumprimento do decreto será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, dos diretores, supervisores e professores das escolas públicas municipais.


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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
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