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Governo dá 72h para Meta explicar mudanças em checagem de fatos

A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, para entender o alcance da decisão de acabar com o filtro de checagem de conteúdos

O advogado-geral da União, Jorge Messias

A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou nesta sexta-feira (10) a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, para entender o alcance da decisão anunciada pelo dono das plataformas, Mark Zuckerberg, sobre o fim da checagem de conteúdos por especialistas.

A AGU estipulou o prazo de 72h para que a Meta preste os esclarecimentos.

A decisão foi tomada pelo Advogado-Geral da União, Jorge Messias, atendendo a uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que realizou uma reunião com ministros nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto, para discutir a decisão da Meta e a possibilidade de regulamentação das redes sociais.

“O Brasil tem uma legislação muito rigorosa na proteção de crianças e adolescentes, na proteção de populações vulneráveis, na proteção do ambiente de negócios, e nós não vamos permitir, de forma alguma, que essas redes transformem o ambiente em uma carnificina ou uma barbárie digital”, afirmou Messias, após a reunião com Lula.

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, detalhou, após a reunião, que o presidente Lula quer entender o alcance da decisão da Meta antes de decidir quais medidas o governo brasileiro irá adotar para garantir que as empresas cumpram a legislação.

O Ministério Público Federal (MPF) também já cobrou explicações da Meta sobre as mudanças nas regras de checagem de conteúdos no país.


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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.