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Dívida dos estados: Haddad defende vetos e diz que Senado fez ‘projeto próprio’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou nesta quinta-feira (9) sobre a sanção do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag)

Haddad inclui emendas parlamentares no pacote fiscal | CNN Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta quinta-feira (9) que orientou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar trechos do projeto de lei, aprovado pelo Congresso Nacional, que cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

O presidente Lula tem até a próxima segunda-feira (13) para decidir se irá sancionar ou vetar o texto.

Em conversa com jornalistas, na chegada ao Ministério da Fazenda, Haddad detalhou que Lula foi aconselhado a vetar o que tivesse impacto primário nas contas públicas.

“O que estamos levando à consideração do presidente é que tudo que tem impacto primário seja vetado, e há alguns itens que têm impacto primário. Há, também, o impacto sobre as finanças estaduais e as finanças federais”, antecipou ele, após reunião no Palácio do Planalto, que tratou do projeto.

Haddad ressaltou que o projeto, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trouxe inovações em relação à proposta elaborada pela equipe econômica do governo.

“O Senado fez um projeto próprio, não era o projeto da Fazenda, e o presidente (Lula) está informado das diferenças entre o que nós tínhamos proposto e o que foi aprovado”, destacou o ministro.

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Haddad irá se encontrar novamente com o presidente Lula no fim da tarde desta quinta-feira (9), no Palácio do Planalto, para discutir o projeto.

O Propag tem o objetivo de repactuar o endividamento bilionário de estados, incluindo Minas Gerais, com novas condições de financiamentos, com prazo de até 30 anos e juros reduzidos (IPCA e mais 2%).

Em contrapartida, os estados que aderirem ao Propag deverão investir em áreas consideradas essenciais, como saúde e educação.


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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.