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Justiça pede PF que investigue soldado israelense que está de férias no Brasil

A denúncia diz que como o Brasil é signatário de tratados internacionais, tem o dever de reprimir crimes de guerra, independente se eles tenham sido cometidos em território nacional ou não

Conflito entre Israel e Hamas já dura quase 15 meses

A Justiça Federal emitiu uma ordem para que a Polícia Federal investigue um soldado israelense, que está em território brasileiro, por cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza.

A decisão, da juíza federal Raquel Soares Charelli, foi despachada no dia 3 de janeiro para envio de material à Polícia Federal (PF), que irá conduzir a investigação.

De acordo com informações da CNN, o pedido de investigação foi feito por conta de uma notícia crime formulada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida que alegaram que o suspeito, identificado como Yuval Vagdani, possível “criminoso de guerra”, estava no Brasil passando férias e que, por isso, o país, enquanto signatário de tratados internacionais, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma, tem o dever de reprimir esses crimes, mesmo que tenham sido cometidos fora do território nacional.

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A principal suspeita é que o soldado estaria em Morro de São Paulo, na Bahia.

Bolsonaro critica a investigação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para criticar a determinação da Justiça Federal.

No X, antigo Twitter, ele repostou uma publicação que dizia que Israel, em 2019, foi um dos únicos países a enviar uma equipe de resgate para ajudar na busca de corpos da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. “Hoje, o estado brasileiro está colocando a Polícia Federal para investigar membros das Forças Armadas de Israel de férias no Brasil”, diz o post republicado pelo ex-presidente.

Hamas x Israel

O grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou no dia 7 de outubro de 2023 um ataque surpresa a Israel, deixando mais de 1.400 vítimas e capturando reféns. O episódio foi o estopim para o início da guerra que dura quase 15 meses.

O Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza anunciou, neste domingo (5), que pelo menos 88 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas no território palestino.


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Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.