O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu o tom e rebateu declarações feitas pelo ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (PT).
A declaração do governador paulista foi dada na tarde nesta quinta-feira (09), após ser acusado por Haddad de ter derrubado a Medida Provisória (MP) que buscava alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A MP ajudaria elevar a arrecadação para equilibrar as contas públicas no Orçamento de 2026. Os valores poderiam chegar a R$ 17 bilhões.
“Agora o PT quer me acusar de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população. Estou trabalhando por São Paulo, para mudar a vida das pessoas, para fazer a diferença. É isso que a gente está fazendo”, destacou.
Tarcísio acusou de ter alvo frequente de ataques do PT
“Há meses, a gente vem sendo alvo de uma ampla campanha de desconstrução de imagem, reputação por parte do PT. Ofensas, mentiras, nas redes sociais, tudo certo, nada diferente do que a gente sempre viu”, complementou.
A MP foi derrubada nessa quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados. Mais cedo, em Brasília, ao ser questionado por jornalistas sobre a queda da MP, Haddad acusou Tarcisio de proteger a Faria Lima, avenida que fica em uma área nobre de São Paulo e reúne sedes de bancos, grupos de investimentos, fundos bilionários, e algumas das empresas mais importantes do país.
“Mesmo com a notícia de que o governador do estado agiu, na minha opinião, em detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima, nós não vamos prejudicar o estado de São Paulo”, disparou Haddad a jornalistas nesta quinta.
“Nós sabemos da movimentação de forças políticas no país em torno da proteção de privilégios do pessoal da Faria Lima. Nós vamos continuar ajudando o estado de São Paulo”, acrescentou o ministro da Fazenda.
Líder do PL agradeceu Tarcísio nominalmente por articulação
Após a votação, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL), no seu discurso no plenário, agradeceu Tarcísio nominalmente pela ajuda na articulação para derrotar a proposta do governo Lula.