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Aposentadoria de Barroso pode mudar disputa pelo Governo de Minas

Pacheco, nome predileto de Lula para disputa estadual em 2026, é cotado para ocupar a vaga no STF

Luis Roberto Barroso, ex-presidente do STF e Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado

A decisão do ministro Luis Roberto Barroso, divulgada nesta quinta-feira (9), de antecipar sua aposentadoria, no Supremo Tribunal Federal (STF), pode mudar completamente o jogo político em Minas Gerais. Isso porque o nome predileto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar o Governo de Minas é o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

No entanto, o mineiro também é cotado para uma vaga no STF. O parlamentar deixou a decisão para outubro justamente para saber qual seria o destino do magistrado.

A partir de agora, a conversa de Pacheco com Lula muda de figura. O presidente tem algumas opções para indicar ao Supremo, entre os nomes estão o Advogado Geral da União, Jorge Messias, e o ministro do Tribunal de Contas, Bruno Dantas.

Governo de Minas
Se Lula indicar Pacheco ao Supremo terá que fazer uma outra escolha para Minas dentre os nomes estão o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira (PSD), que planeja disputar o Senado e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), que pretende fechar a carreira bem na prefeitura, mas não descarta concorrer ao Senado.

Fato é que a dança das cadeiras no Supremo, depois do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e das punições impostas pelos Estados Unidos, movimenta também o tabuleiro eleitoral. O ministro Barroso que deixou a presidência da Corte em setembro e se aposentadoria em 2033, quando completa 75 anos, abre o espaço com uma decisão inédita que tem sido classificada como “covarde” por alguns parlamentares.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.