O fim da jornada de trabalho de 6 dias trabalhados por um dia de descanso ganhou destaque nesse domingo (10) nas redes sociais. O assunto chegou aos temas mais debatidos na rede social X, antigo Twitter.
Do que se trata o projeto?
A extinção da jornada 6x1 faz parte de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
A proposta do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ), recebeu o apoio da deputada para pressionar os parlamentares. Até a manhã desta segunda-feira (11), o movimento havia conseguido a adesão de 1,3 milhão de assinaturas da petição on-line em defesa da proposta.
Pelo texto da Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, sendo facultada a compensão de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Cleitinho e Nikolas discordam
A proposta encontra divergência entre parlamentares mineiros aliados, como o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
Nikolas vem sendo cobrado em suas redes sociais por não ter assinado a proposta que altera a escala de trabalho no país. A reportagem da Itatiaia entrou em contato com o deputado para comentar o tema, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.
Já Cleitinho, usou suas redes sociais para defender a proposta e usou uma comparação com a escala dos parlamentares para mostrar como o trabalhador é sacrificado na rotina de 6x1.
“Independente da sua ideologia, se é de esquerda ou direita, eu quero falar da escala de 6x1. Queria fazer a comparação do trabalhador com o político. A lógica seria o político servir, mas hoje é você que serve ao político. Nessa escala de 6x1, tirando as férias de 30 dias, o trabalhador trabalha 264 dias e tem 101 dias de descanso. Já o político tem a escala 3x4. Então, no mês de janeiro ele já tem 30 dias, no mês de julho tem mais 15 dias de folga. O político descansa 214 dias”, afirmou o senador mineiro.