Os candidatos Kamala Harris e Donald Trump têm uma agenda cheia nesta segunda-feira (4), na véspera das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que acontecem nesta terça-feira (5). Com eventos finais de campanha planejados em busca de votos que podem decidir a disputa, ambos vão à Pensilvânia, estado-chave mais decisivo do pleito.
Kamala e Trump travam uma disputa acirrada pela Casa Branca. Eles estão em uma situação de empate técnico em todos sete estados considerados determinantes para eleger o vencedor. A vice-presidente e candidata democrata passará o dia todo na Pensilvânia, cujos 19 votos eleitorais oferecem o maior prêmio entre os estados que devem decidir o resultado do “Colégio Eleitoral”. Kamala visitará áreas de classe trabalhadora, incluindo Allentown, e encerrará com um comício noturno na Filadélfia, que contará com a presença de Lady Gaga e Oprah Winfrey.
Já Donald Trump planeja quatro comícios em três estados, começando em Raleigh, na Carolina do Norte, e parando duas vezes na Pensilvânia com eventos em Reading e Pittsburgh. O candidato republicano e ex-presidente encerra sua campanha da mesma forma que encerrou as duas primeiras, com um evento noturno nesta segunda-feira (4) em Grand Rapids, no Michigan.
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Nas últimas semanas, os candidatos têm concentrado seus esforços de campanha nos estados-chave (Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia, Michigan, Nevada e Wisconsin), com diversos comícios e eventos com indecisos e grupos étnicos segmentados para roubar votos do adversário.
No final da campanha, Kamala Harris quase não menciona Trump. Ela promete resolver problemas e buscar consenso, enquanto adota um tom quase exclusivamente otimista, atitude que remonta os primeiros dias de sua campanha, quando abraçou a “política da alegria” e o tema “Liberdade”.
“Desde o início, nossa campanha não foi sobre ser contra algo, mas sim sobre ser a favor de algo”, disse a vice-presidente na noite de domingo (3) na Universidade Estadual de Michigan.
Kamala também fez uma aparição surpresa no “Saturday Night Live”, em que interagiu com sua ‘sósia’. A participação no popular programa de televisão dos EUA buscou gerar repercussão e dar mais visibilidade.
Trump, renovando seus slogans Maga (“Make America Great Again”, ou “Faça os EUA grandes novamente”, em português) e “America First” (“EUA em 1º lugar”, em português), baseou-se em uma abordagem linha-dura sobre imigração e críticas severas a Kamala Harris e a Joe Biden como pontos centrais de sua campanha por um segundo mandato.
O republicano também tem lançado falas contra o processo eleitoral dos EUA. Ainda nesse domingo (3), em tom sarcástico, Trump renovou suas falsas alegações de que as eleições dos EUA são manipuladas contra ele e disse que “não deveria ter deixado” a Casa Branca em 2021, mas sem explicar o que quis dizer com isso.
Como retórica de campanha, Trump também criticou a gestão dos democratas na economia e prometeu liderar uma “era dourada” econômica, acabar com conflitos internacionais e selar a fronteira sul dos EUA.